quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A ARTE DOS TRÍPTICOS

Jeroen van Aeken, cujo pseudónimo é Hieronymus Bosch, e também conhecido como Jeroen Bosch, ('s-Hertogenbosch, c. 1450 — Agosto de 1516), foi um pintor e gravador neerlandês dos séculos XV e XVI.
Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo.
Pintores alemães como Martin Schongauer, Matthias Grünewald e Albrecht Dürer influenciaram a obra de Bosch. Apesar de ter sido quase contemporâneo de Jan van Eyck, seu estilo era completamente diferente.
Especula-se que sua obra terá sido uma das fontes do movimento surrealista do século XX, que teve mestres como Max Ernst e Salvador Dalí.
Pieter Brueghel o Velho foi influenciado pela arte de Bosch e produziu vários quadros em um estilo semelhante.

Tríptico
Um tríptico, é geralmente, um conjunto de três pinturas unidas por uma moldura tríplice (dando o aspecto de serem uma obra), ou somente três pinturas juntas formando uma única imagem. Considerada uma criação cristã, é atualmente não somente utilizado em quadros devocionais, pois, muitos artistas usam principalmente em pequenas coleções.

Existem trípticos dobráveis e outros completamente rígidos. Os dobráveis, são na verdade um painel com duas portas (uma de cada lado), que podem fechar escondendo assim as três imagens, semelhante a um oratório, feito por sinal para pinturas pequenas ou leves (ao lado um exemplo de tríptico dobrável). Os rígidos são utilizados mais para serem colocadas obras grandes que não devem ser movimentadas devido ao seu peso ou somente pinturas pesadas.

Tríptico fechado - Hieronymus Bosch
O tríptico fechado: A Criação do mundo, óleo sobre tábua, 220 x 195 cm. O quadro fechado na sua parte exterior alude ao terceiro dia da criação do mundo. Representa um globo terráqueo, com a Terra dentro de uma esfera transparente, símbolo da fragilidade do universo. Há apenas formas vegetais e minerais, não há animais nem pessoas. Está pintado em tons grises, branco e preto, o que se corresponde a um mundo sem o Sol nem a Lua embora também seja uma forma de conseguir um dramático contraste com o colorido interior, entre um mundo antes do homem e outro povoado por infinidade de seres

Tradicionalmente, a imagem que amostra o tríptico fechado interpretou-se como o terceiro dia da criação. O número três era considerado um número completo, perfeito, já que em si mesmo encerra o princípio e o fim. E aqui, ao se fechar, transforma-se, no número um, no círculo: de novo nos permite vislumbrar a perfeição absoluta e, talvez, a trindade divina. No canto superior esquerdo aparece uma pequena imagem de Deus, com uma tiara e a Bíblia sobre os joelhos. Na parte superior pode-se ler a frase, extraída do salmo 33, IPSE DIXIT ET FACTA S(OU)NT / IPSE MAN(N)DAVIT ET CREATA S(OU)NT, que significa "Ele o diz, e tudo foi feito. Ele o mandou, e tudo foi criado". Outros interpretam que pudera representar a Terra após o dilúvio.



Tríptico aberto - Hieronymus Bosch
Ao abrir-se, o tríptico apresenta, no painel esquerdo, uma imagem do paraíso onde se representa o último dia da criação, com Eva e Adão, e no painel central representa a loucura solta: a luxúria. Nesta tábua central aparece o ato sexual e é onde se descobrem todos os prazeres carnais, que são a prova de que o homem perdera a graça. Por último temos a tábua da direita onde se representa a condena no inferno; nela o pintor amostra um palco apoteótico e cruel, no qual o ser humano é condenado pelo seu pecado.

A estrutura da obra, em si, também conta com um enquadre simbólico: ao abrir-se, realmente fecha-se simbolicamente, porque no seu conteúdo está o princípio e o fim humano. O princípio na primeira tábua, que representa o Gênesis e o Paraíso, e o fim na terceira, que representa o Inferno.



Atividades dos alunos:
Após estudo sobre a obra de Hieronymus Bosch, os alunos elaboraram seus tripticos com o tema "Céu, Terra e Inferno".

Aluno: Talis  1º ano






















  

Aluno: Ricardo   2º ano

  Céu                                              Terra
  
  Terra                                        Inferno
 
A criatividade do Ricardo chama a atenção! Numa cena que ocorre na Terra, durante um incêndio, os anjos aparecem para levar a criança para o Céu, enquanto o demônio espera um homem que comete o suicídio para encaminhá-lo ao Inferno.


Aluna: Ana Rosa  3º ano

Céu     
Terra      
Inferno


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Professor de Arte em Conceição da Barra e São Mateus - ES. Trabalhei em São Paulo como desenhista técnico de projeto de materiais, desenhista de formulários, arquitetura, diagramador e produtor gráfico para divulgação de artistas em galerias de Arte (Instituto Cultural Itaú). Nas minhas aulas procuro trabalhar com pesquisas nas diversas linguagens da Arte que vão além do conteúdo acadêmico. Estas pesquisas ajudam a estimular, dinamizar e motivar as aulas, abrindo o leque de conhecimentos do mundo das Artes.